quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ainda há muitas pessoas que clamam: “ - Deus não existe!”

3ª Parte do Estudo da Obra: "Cartas de uma morta" de Francisco Cândido Xavier

O mundo – Terra já seria pacífico se o homem houvesse aceito Jesus e sua doutrina evangélica. Mas, se a civilização terrestre, pelo seu livre arbítrio, optou pela filosofia de vida que só busca prazeres, mantendo-se surda a todos os demais apelos, bem pouco adianta querer dialogar com criaturas desinteressadas em Luz, Amor e Paz. Inobstante, a natureza é dinâmica e tudo vai mudando e se transformando com o tempo. Minha primeira natureza quase sempre erra. Minha segunda natureza, a consciência, consegue acertar. Em profundidade vamos constatar que a dor e o sofrimento são bençãos de todos nós. Há um antigo ditado, que vale até hoje, diz: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. E o salmista arremata a frase dizendo: “tudo tem um tempo para acontecer”.

O ente humano, criado simples, primitivo, e ainda quase só instinto, foi destinado a galgar os acidentados degraus da Evolução, e muito terá que aprender e aperfeiçoar-se até atingir as altas esferas celestiais. E as leis que nos conduzem na longa trajetória que cruza por muitas vidas e planetas, é determinante e não aceita exceções: tudo e todos elevar-se-ão inexoravelmente. Contudo ainda, no mundo terrestre, incalculáveis multidões não sabem disto. E não é por outros motivos que vivemos num orbe no qual ainda temos misérias, doenças e guerras. Leiamos a mensagem sobre a causa das nossas mazelas, que nos enviou Maria João de Deus, a corajosa e vanguardeira serva de Deus.

“Que é a vida é senão amor?

Lembro-me de, certa vez, quando elevado mentor espiritual exaltava os benefícios da fraternidade, um dos ouvintes interpelou-o:

- “Não se pode pregar a paz em tempo de guerra!”

- “Que é a vida, meu filho, senão amor? E poderá haver amor sem paz?” – replicou-lhe docemente o apóstolo. “Foi a maldade dos homens que engendrou a guerra, dizimadora dos ideais e das existências. As fúrias da impiedade varrem quase todas as extensões da Terra e os corações se dilaceram ao sopro frio da adversidade!... Poderia Deus, em sua misericórdia, sancionar esses crimes nefandos? Para sua infinita bondade não existem franceses ou alemães: há filhos bem amados da sua sabedoria e do seu amor”.

Os mortos anônimos, o soldado desconhecido

Houve, porém, na grande assembléia, que ouvia aquela voz estranha, um surdo clamor do protesto.

- “Serenai o vosso ânimo!” – objetivou-lhes calmamente. “Em vão levantais o vosso clamor do protesto... Ouvi-me. Tendes vós preparado convenientemente para saber a verdade. Já não podeis integrar as fileiras de combatentes que fornecem mão forte à nefasta política da incompreensão das Leis Divinas. Para a Terra, em cuja a face presumis continuar, sois mortos anônimos, sois o soldado desconhecido. Aprouve à magnanimidade da Providência que aqui fôsseis acolhidos suavemente, sem abalos prejudiciais. Vossos corpos estão muito distantes, no regaço da Terra benfazeja, estraçalhados por forças cegas e assassinas!Ingressastes em outra vida. Compete-vos, portanto, esquecer os vossos dias, aniquilados pelo ódio exacerbado!

Considerai a lei de amor que deve unir todas as almas como laço eterno e sacrossanto!"

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